Confira a reportagem (confira a galeria de imagens no final da matéria):
Santana do Mundaú, município localizado na Zona da Mata de Alagoas, ainda sofre os reflexos das enchentes do ano passado. Um problema grave é o matadouro público municipal. O Mundaú Notícias esteve no matadouro e encontrou três problemas: superlotação, transporte e a comercialização da carne.
Santana do Mundaú, município localizado na Zona da Mata de Alagoas, ainda sofre os reflexos das enchentes do ano passado. Um problema grave é o matadouro público municipal. O Mundaú Notícias esteve no matadouro e encontrou três problemas: superlotação, transporte e a comercialização da carne.
Além de abater os animais para o próprio município, ainda recebe animais de outras cidades, como União dos Palmares, Branquinha e Murici. Logo na entrada, uma placa informa que a entrada é só permitido para funcionários, o problema é que são muitos funcionários para pouco espaço.
"Aqui é muito apertado, está precisando espaço para a gente trabalhar mais confortável, agora queríamos que fosse feito o matadouro em União dos Palmares, pois toda semana temos que pagar frete para estarmos aqui trabalhando" afirma a fateira Betânia Rogério de União dos Palmares.
Em entrevista, o veterinário Alan Freire falou sobre os três problemas encontrados:
Superlotação
"Por conta que as outras cidades não têm matadouro devido a enchente, fez com que sobrecarregasse o nosso. Antes da enchente a gente abatia 20 animais por semana, hoje está sendo abatido em torno de 100 animais. Esse matadouro não foi construído para esta quantidade de animais, por conta disso sobrecarrega todo o sistema".
Transporte
"O transporte está sendo feito de forma inadequada. Está sendo transportado em caminhão aberto, o que a legislação não permite por conta da impurezas, poeira, fumaça do carro e das pessoas que pisam nessa lona para transportar a carne. O correto seria usar um caminhão baú, mas por diversos motivos a prefeitura não conseguiu adquirir esse tipo de transporte adequado".
Comercialização
"Devido a enchente que destruiu o mercado de carne municipal, as pessoas estão comercializando a carne na rua, nas bancas, ao ar livre, o que a legislação proíbe, devido ao risco de contaminação. Tudo isso é um trabalho em conjunto, se uma dessas cadeias não estiver funcionando todo trabalho é em vão".
O Mundaú Notícias também esteve na feira livre de Santana do Mundaú. De acordo com os próprios comerciantes não há uma estrutura adequada para vender a carne e a falta de higiene é uma característica marcante. "A dificuldade aqui é muito grande. Depois que a enchente 'levou' o mercado ficou muito difícil de vender a carne, pois temos que vender debaixo de uma lona quente. As pessoas reclamam que podem até pegar doenças, mas não podemos fazer nada, o único jeito de se trabalhar é assim" afirma revoltado o marchante Valtemilson Alves.
O marchante Jailson Ferreira afirma que os cachorros chegam a carregar a carne e até fazer necessidades no produto "a situação está muito difícil, pois isso tudo é ruim para o freguês que pode pegar doenças". "Compramos aqui porque é o jeito, não tem outra alternativa. Sabemos que a carne não é limpa, mas temos que comprar" fala a dona de casa Josefa Maria.
De acordo com o prefeito do município de Santana do Mundaú, Marcelo de Souza, nenhuma obra foi feita no mercado, pois tem uma proibição do Ministério Público e do IBAMA, "O mercado de carne não pode ser construído, pois ele está na linha dos 50 metros do Rio Mundaú, o que o IBAMA não permite nenhuma construção e quem construir está cometendo crime. Já encaminhamos ofícios e sempre querem mais detalhes para não cometer um erro em permitir uma construção em uma área que está em risco com verbas do governo".
Enquanto o problema não é resolvido, vendedores e compradores dividem o único espaço que restou: a própria rua.
*Veja a matéria na íntegra no vídeo
Por: Thiago Aquino, Thiago Alvino e Ester Delmiro / Mundaú Notícias
Transporte
"O transporte está sendo feito de forma inadequada. Está sendo transportado em caminhão aberto, o que a legislação não permite por conta da impurezas, poeira, fumaça do carro e das pessoas que pisam nessa lona para transportar a carne. O correto seria usar um caminhão baú, mas por diversos motivos a prefeitura não conseguiu adquirir esse tipo de transporte adequado".
Comercialização
"Devido a enchente que destruiu o mercado de carne municipal, as pessoas estão comercializando a carne na rua, nas bancas, ao ar livre, o que a legislação proíbe, devido ao risco de contaminação. Tudo isso é um trabalho em conjunto, se uma dessas cadeias não estiver funcionando todo trabalho é em vão".
O Mundaú Notícias também esteve na feira livre de Santana do Mundaú. De acordo com os próprios comerciantes não há uma estrutura adequada para vender a carne e a falta de higiene é uma característica marcante. "A dificuldade aqui é muito grande. Depois que a enchente 'levou' o mercado ficou muito difícil de vender a carne, pois temos que vender debaixo de uma lona quente. As pessoas reclamam que podem até pegar doenças, mas não podemos fazer nada, o único jeito de se trabalhar é assim" afirma revoltado o marchante Valtemilson Alves.
O marchante Jailson Ferreira afirma que os cachorros chegam a carregar a carne e até fazer necessidades no produto "a situação está muito difícil, pois isso tudo é ruim para o freguês que pode pegar doenças". "Compramos aqui porque é o jeito, não tem outra alternativa. Sabemos que a carne não é limpa, mas temos que comprar" fala a dona de casa Josefa Maria.
De acordo com o prefeito do município de Santana do Mundaú, Marcelo de Souza, nenhuma obra foi feita no mercado, pois tem uma proibição do Ministério Público e do IBAMA, "O mercado de carne não pode ser construído, pois ele está na linha dos 50 metros do Rio Mundaú, o que o IBAMA não permite nenhuma construção e quem construir está cometendo crime. Já encaminhamos ofícios e sempre querem mais detalhes para não cometer um erro em permitir uma construção em uma área que está em risco com verbas do governo".
Enquanto o problema não é resolvido, vendedores e compradores dividem o único espaço que restou: a própria rua.
*Veja a matéria na íntegra no vídeo










Tudo isso acontecendo com a conivência do poder público, pessoas sofrendo risco de contraírem uma doença grave e de até acontecer algo pior como uma epidemia em toda a cidade e o custo será muito maior para todos. Infelizmente o poder público que inclui Prefeito, Vereadores, Governador, Deputados só pensam em VOTOS e só fazem algo quando acontece uma desgraça, quando vários morrem. Que BRASIL É ESSE !
ResponderExcluirSe o Prefeito já sabe que não pode construir no mesmo local o MERCADO DE CARNE, então porque ainda não procurou outro local, daqui apouco faz 2 anos da enchente e o mesmo problema continua, isso é um irresponsabilidade com a população e com a saúde pública. Será que mais de 1 ano não foi suficiente para encontrar outro local para construir o Mercado de Carne, e vou além isso é tempo bastante para encontrar um local idéia e conseguir recursos públicos para construir. VAMOS LÁ ... VAMOS TER MAIS CORRAGEM PARA TRABALHAR!
parabéns pela matéria! seria ótimo também fazer uma reportagem sobre a retirada de areia do Rio Mundaú, um crime ambiental gravíssimo!!!!!! e a fiscalização (ibama) parece se finjir de cega!!!!!
ResponderExcluirGRAÇAS A ESSE PORTAL QUE AS COISAS QUE ACONTECE EM NOSSO MUNICÍPIO NÃO É MAIS ESCONDIDO COMO ANTIGAMENTE.ISSO MESMO OS PRÓPRIOS MORADORES TEM QUE RECLAMAR AS IRREGULARIDADES QUE AI EXISTE.ABRAÇO A TODO EQUIPE COM ESSE MARAVILHOSO TRABALHO E NÃO DEIXEM SE ABALAR COM AS CRÍTICAS QUE FIZEREM QUE ELAS SEJAM MAIS MOTIVOS PRA CONTINUAREN OS VOSSOS TRABALHO.ABRAÇO.
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