| Membros da comunidade Filus |
Os
albinos da comunidade quilombola Filus, de Santana do Mundaú, voltaram ao
Hospital Universitário, em Maceió, para continuar o tratamento iniciado em
2009. Com o apoio do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral)
e da ONG Instituto Irmãos Quilombolas, eles foram encaminhados para a primeira
consulta de 2012, e assim dar sequência ao acompanhamento médico.
Há,
nessa comunidade, a necessidade de manter uma rotina de visitas ao médico, para
prevenir e monitorar possíveis doenças decorrentes do albinismo.
Segundo
o professor Fernando Gomes, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica, os quilombolas albinos requerem cuidados especiais. “É provável que
todos eles, em alguma fase da vida, desenvolvam tumores. Por isso, precisam de
acompanhamento”, alertou o médico. Ele explicou que lesões sucessivas
provocadas pela exposição ao sol podem, ao longo do tempo, provocar alterações
celulares e, com isso, gerar tumores. Os tipos mais comuns que podem aparecer
em albinos são o espinocelular, o melanoma e o basocelular.
O médico recebeu no
HU, para novos exames de pele, um grupo de cinco albinos – dois adultos e três
crianças. A mais nova é Taís, de três anos, filha de Cleone Severino da Silva,
que não é albina.
Prevenção
Para evitar as queimaduras solares e o câncer de pele nesses pacientes,
a recomendação médica é que eles mantenham o controle oftalmológico e
dermatológico através de alguns cuidados de extrema importância, como usar
sempre boné ou chapéu, com proteção nas partes da nuca e orelhas, roupas
adequadas, protetor solar em todo corpo e óculos escuros, além do
acompanhamento com exames trimestrais.
Acompanhamento
O
diretor-presidente do Iteral, Geraldo de Majella, disse que o Instituto vai
continuar acompanhando e dando apoio aos moradores da comunidade Filus, que já
foi reconhecida oficialmente como remanescente de quilombos em 2006.
“Nosso
papel é estabelecer a relação mais próxima possível com as comunidades
quilombolas. Os problemas de saúde que essa comunidade vem enfrentando
constituem o aspecto mais grave, mas temos outros problemas em Filus e nas
outras. Mas é importante reafirmar que há preocupação e trabalho efetivo do
Iteral, da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos e de vários órgãos
estaduais e federais para melhorar as condições de vida dos quilombolas de
Alagoas”, destaca Majella.
Ele
declarou, ainda, que será formalizado um Termo de Cooperação entre o Governo de
Alagoas e a Seppir, através da ministra Luiza Bairros. ”Estamos otimistas e
iremos inaugurar uma nova fase na relação com os quilombolas de Alagoas”.
Por: Agência Alagoas
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