| Prefeitoss lotaram auditório do Senado Federal na última terça (13) |
O
presidente da AMA, Palmery Neto, participou da Mobilização
Municipalista, nesta terça-feira, 13, em Brasília. Liderados pelo
presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski, mais de 2.500 prefeitos se concentraram pela manhã no
auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, onde foi realizada uma
reunião com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no
Palácio do Planalto. Na ocasião a ministra divulgou uma série de medidas
em resposta ao pacote de ajuda que foi pedido na última mobilização.
Entre
as medidas está o pagamento até sexta-feira, 16 de novembro, do Fundo
de Exportações (FEX) devido aos Municípios de cerca e R$ 1,9 bilhão que
estava na pauta de reinvindicações da CNM. Além disso, uma Medida
Provisória (MP) será publicada no Diário Oficial da União (DOU) até
amanhã, 14 de novembro, permitirá que os Municípios parcelem suas
dividas previdenciárias e possam receber repasses do governo de auxilio a
estiagem. O governo também deve liberar até o final de 2012 mais de R$
1,5 bilhão em Restos a Pagar (RAP).
E
quanto ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que foi a
principal pauta colocada pelos prefeitos, o governo se comprometeu a
agir como em 2009, onde garantiu o FPM nominal. A ministra disse que
dará uma posição sobre o assunto somente no dia 30 de novembro, com o
aval da presidente Dilma.
As
medidas apresentadas pelo governo federal não conseguiram animar os
prefeitos alagoanos. “As meditas adotadas pelo governo federal são
importantes, mas nós precisamos de uma resposta imediata em relação à
reposição do FPM. Nós só temos agora em torno de 50 dias para fechar os
nossos mandatos, precisamos desses recursos para não infringir a Lei de
responsabilidade Fiscal”, desabafou.
Durante
a reunião, segundo Palmery, a ministra Ideli afirmou que a presidente
Dilma tem 90% para sancionar o projeto de lei dos royalties. “Melhora um
pouco as dificuldades que os municípios estão passando. Ela mais uma
vez falou na crise da Europa, que essa crise já chegou no Brasil.”,
acentuou.
Palmery
lembra que na Constituição de 88, os municípios tinham mais dos
recursos arrecadados pela União “tínhamos 23% do montante e hoje temos
13%”. “O governo quando corta do IPI, na fabricação de automóvel, linha
branca – que são recursos direcionados aos municípios brasileiros – tira
dos municípios os poucos recursos que tem”, argumenta o presidente da
AMA.
A
prefeita de Santana do Ipanema e diretora do Conselho Fiscal da CNM,
Renilde Bulhões, houve um avanço em alguns pontos da pauta, mas ainda
precisa muito mais. “Nós queremos fechar as contas. E com as propostas
que o governo fez, diante do nosso apelo, melhora. Mas não resolve. O
apelo maior de todos os prefeitos é em relação ao repasse do FPM, mas
como fundo de apoio para a administração para que a gente possa fechar
nossas contas”, avaliou.
O
prefeito reeleito de Limoeiro de Alagoas, Marlan Ferreira, afirmou que a
presidente Dilma deve ser sensível, principalmente, para com as
prefeituras do Nordeste, em relação aos recursos provenientes dos
royalties do petróleo. “Essa redistribuição não vai prejudicar o estado
do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. O governador do Rio de Janeiro
esta sendo muito injusto com o resto da federação”, salientou.
Marlan
disse que, apesar do quadro caótico para as prefeituras, acredita que a
presidente Dilma irá atentar para a situação das prefeituras. “Com os
números que foram levados a ela, com o caos que nós estamos vivendo. Eu
acredito na sensibilidade dela e que irá nos aportar nesse momento de
crise”, frisou.
A
líder do PTdoB na Câmara, a deputada alagoana Rosinha da Adefal, tem
esperança que a mobilização de todos os prefeitos do Brasil e o
envolvimento do Congresso Nacional são positivos. “Eu acho que a gente
vai reverter essa situação das prefeituras com relação ao FPM. E faremos
com que a nossa presidente aprove e não vete o que a gente aprovou no
Congresso com relação aos royalties. Os prefeitos precisam desse fôlego
para continuar a administração”, ressaltou.
Por: AMA / CNM
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