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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ações integradas evitam surto coqueluche em Santana do Mundaú

Estudo realizado pelo Setor de Epidemiologia do Ministério da Saúde (Episus), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Secretaria de Saúde de Santana do Mundaú, aponta que houve princípio de surto de coqueluche no município, um dos mais atingidos pela enchente ocorrida em junho último. Mas, apesar da epidemia ter ocorrido no período das cheias a situação foi controlada, em função da estratégia de ações integradas nas três esferas de governo, que se mostraram eficientes para conter o surto da doença.

Segundo a gerente do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis da Sesau, Mônica Cabral, de imediato foi providenciada a vacinação de bloqueio, seguida de capacitação dos médicos do município em diagnóstico da coqueluche, busca ativa de novos casos em residências, além de reuniões de discussão com os profissionais de saúde do município a respeito da vigilância epidemiológica da doença.

A investigação teve início no dia 26 de junho por técnicos da Sesau, tendo em vista a notificação de 26 casos suspeitos da doença, com duas pessoas internadas e um caso confirmado laboratorialmente. Tendo em vista o aumento do número de casos foi solicitado apoio do MS, que a partir de 30 de julho enviou três técnicas do Episus para Alagoas. “A investigação e o monitoramento foram realizados diariamente no período de um mês pelo Estado, Ministério da Saúde e o município”, acrescentou Mônica.

Mônica Cabral garante que hoje a coqueluche está sob controle em Santana do Mundaú. “O município está sensibilizado quanto à identificação precoce de casos suspeitos da doença, bem como a tomada de medidas de controle de forma oportuna, para evitar que os casos se alastrem”, afirmou a gerente.

Foram investigados 53 casos suspeitos de coqueluche, dos quais, 20 confirmados, 27 descartados e 06 inconclusos. Dos 20 casos confirmados, 40% estão na faixa etária de 1 a 4 anos e 55% são do sexo masculino. Além disso, 19 são residentes da zona urbana, 07 tiveram casas alagadas pela enchente e 02 perderam completamente a moradia.

Recomendações - Diante das conclusões, foi recomendado ao município acompanhar os casos de coqueluche e capacitar os profissionais de saúde. Outra recomendação foi para a Sesau supervisionar, monitorar e avaliar a Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica e Programa de Imunização do município, no que diz respeito às ações de monitoramento, prevenção e controle da coqueluche, além de avaliar a Rede de Frio do Estado. Já o MS deve capacitar as vigilâncias epidemiológicas estaduais para investigação de surto de coqueluche.

O resultado do estudo foi apresentado na última segunda-feira (20), no auditório da Sesau, para técnicos da Divep (Diretoria de Vigilância Epidemiológica); CIEVS/AL; técnicos de Vigilância Epidemiológica do Estado; a gestora de Saúde da Santana do Mundaú, Diretoria de Atenção Básica (DAB) do Estado; Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e profissionais da Atenção Básica do município. Na oportunidade, a secretária de Saúde de Santana do Mundaú, Márcia de Melo Ferreira também confirmou que a situação hoje está sob controle.

A doença – A coqueluche é uma doença também conhecida como pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica. O contágio acontece por meio da bactéria Bordetella Pertussis, que atinge o sistema respiratório e que pode provocar convulsões, pneumonias, levando a vítima a óbito.

Ela é disseminada por meio de gotículas e aerossóis de saliva e, no organismo, lesa os tecidos da mucosa. Seu período de incubação varia entre cinco e vinte e um dias, mas pode ser confundida com uma gripe, já que os primeiros sintomas são comuns, a exemplo da tosse, coriza, febre e olhos irritados.

Por: SESAU
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