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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alagoas, o “Faroeste no Nordeste” o que fazer? Qual será a solução?

Foto: Google Imagens

Ultimamente Alagoas vem ganhando destaque no cenário nacional. Se fossem méritos por benfeitorias, destaque dos artistas, poetas e escritores, prêmios voltados para a cultura da nossa terra, usaríamos este espaço para elogiar, mas infelizmente os destaques são voltados para as mazelas e tudo de ruim que o nosso estado ainda cultiva.
Ainda carregamos aquela determinada fama de ser o estado mais violento do país. Mesmo diante dos reconhecimentos que os gestores fizeram, o telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, expôs uma realidade que já sabíamos, porém não havíamos nos dado ao luxo de encarar e ainda estávamos, até então, naquele universo do faz de conta.
Sendo apontada, ou melhor, denominada de “Faroeste no Nordeste”, Alagoas é vista apenas como mais um estado do Nordeste em que a mortalidade infantil ainda impera, a corrupção eleitoral faz parte do dia a dia e agora, acredito que seja como um tabefe em nós cidadãos, a violência está no auge.
Para um estado de três milhões de habitantes o número de homicídios ultrapassa as estatísticas de São Paulo e Rio de Janeiro, estados estes que outrora eram considerados os mais violentos do país. “São 71 homicídios para cada 100 mil habitantes, esse número é o maior do Brasil”, destacou o apresentador do telejornal.
É importante destacar que algumas medidas que estão sendo tomadas não são as certas/ acredito e comungo com o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Paulo Tamburini, que em sua visita ao estado conversou com a imprensa e frisou uma realidade na qual ainda não havíamos pensado, ou, não queríamos parar para pensar sobre a realidade.
- A violência não se resolve com policiais armados nas ruas, muito pelo contrário, o problema da violência só será solucionado quando o Estado, verdadeiramente, investir em políticas públicas que atendam as necessidades básicas de uma população que sofre e vive à míngua – frisou o conselheiro.
Fazer o quê, enquanto não houver uma educação de verdade, que atenda também as necessidades do professor. Enquanto isso, o indivíduo que vive abaixo da linha da pobreza não gozará de um trabalho digno que possa garantir o sustento para a sua família.
Enquanto não houver um investimento maciço na educação, mostrando para a criança que estudar é muito mais que um simples decoreba, essa criança do hoje será o traficante do amanhã, o assassino e o corrupto. Se tiver a oportunidade, será um politiqueiro, pois um verdadeiro político cumpre com o seu papel, que é governar com e para o povo.
A culpa nós já sabemos de quem é, mas vale apenas reforçar: é nossa, justamente na hora de fazer as nossas escolhas, ou quando não, não cobramos as verdadeiras políticas públicas daqueles que elegemos. Novas eleições virão, aí sim será a nossa vez de mostrar que estamos dispostos a acertar.
Mas Alagoas tem pessoas que amam e doam o seu sangue por esta terra, já tivemos destaque e ainda o temos, em várias áreas, mas em outra oportunidade as abordaremos.
Por: Railton Teixeira / Jornalista e Poeta Alagoano
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