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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um mundo não sonhado por Deus


Nestes dias estamos atônitos com incontáveis conflitos mundo a fora. As guerras, que não são poucas, explodem. Populações inteiras pedem a saída de seus governantes, para não dizer ditadores. No Brasil, pobre Brasil, a violência sorrateiramente vai matando, mata jovens por causa da infame droga, mata inocentes e indefesas crianças, mata adultos e idosos nas ditas saidinhas de banco.

Em Alagoas, por sua vez, não é diferente. A morte violenta encontrou aqui abrigo, instalou-se aqui. Somos,  que vergonha, por habitantes, líder em número de assassinatos. Mata-se nas terras dos marechais com uma facilidade incrível, ou melhor, com uma impunidade tremenda e escancarada. 

Olhando para a Sagrada Escritura, palavra de Deus nas palavras humanas, cheia, repleta do Espírito Santo, vemos que não foi essa realidade de morte que Deus pensou para a humanidade. Foi pensada para ela, a humanidade, um projeto de vida, de vida feliz, de felicidade completa, uma realidade onde não havia espaço para o mal. 

“E Deus disse: - Façamos o homem a nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26). Essa semelhança se distingue pelo amor mútuo, pelo respeito para com o outro, pela valorização do indivíduo, da vida. Somos, pode até não parecer, imagem e semelhança de Deus. Trazemos na nossa carne, na alma as marcas do Criador, do Deus-amor.

Esse fato, de sermos semelhantes a Deus, deve encantar a nossa  sofrida vida. Pois um dia Deus se encheu de amor por nós e nos criou. Criou-nos para uma felicidade completa, interminável, sem fim. Foi assim que Deus, desde todo sempre, pensou carinhosamente o homem.

Pena, pena que esse mesmo homem, feito parecidinho com Deus se disvirtuou, perdeu a semelhança com Deus. Bangunçou mesmo o projeto perfeito e santo do criador.  E em que resultou? Resultou nisso que está aí: morte, dor e muito sofrimento. Crime, miséria e desolação. Gerando, assim, marcas, características de um anti-reino, um reino de morte, de treva e escuridão. Totalmente  contrário àquele reino de felicidade pensado e querido por Deus. 

Todavia, nem tudo está perdido porque Deus, somente Ele, não desistiu de nós. Deus torce  por nós. Deus profundamente deseja a nossa mudança, a nossa conversão. Conversão é e será sempre conversão a Deus. Desejo profundo de caminhar nos caminhos d'Ele, de seguir os seus passos, de paumilhar os seus sonhos.

Sim, olhando para Jesus sentimos que não somos um bando de solitários, derrotados e desvalidos. Percebemos que esse mundo, apesar de tanta morte, em meio a tanto crime, tem jeito, tem chances, muitas chances de mudança. Mas somente o terá se convertendo a Cristo, voltando-se para Ele: caminho, verdade e vida. Ele é o príncipe da paz, fora d'Ele nã há paz, nem felicidade. Só vazio e desolação.

Portanto, em meio a tanta violência, em meio a esse cenário de crueldade que se instalou no mundo, em nossa próprio País e em nossa querida Alagoas é preciso voltar para Deus, rezar, rezar mesmo, permitir que a voz de Deus ressoe em nossos pobres e desatentos ouvidos.Voltemos, pois somos, graças a Deus, imagem e semelhança d'Ele.

Por: Padre Valmir Galdino / Messias-AL
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